quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Jogos Vorazes & Battle Royale


É altamente provável que você já tenha ouvido falar do primeiro mas não do segundo. A não ser que você tenha ouvido eu falar do primeiro, porque aí eu invariavelmente falo do segundo também, afinal, é legal comparar uma obra "ocidental" com uma "oriental" e ver as diferenças de estilo e do modo como a história é contada. A intenção aqui não é mostrar elevado saber e notável conhecimento, no máximo fazer quem leu o primeiro também ler o segundo (se aguentar!), porque pode ser sempre divertido ler o mesmo "estilo" de história por duas visões diferentes. Então... Vamos lá!

Hunger Games: Os "Jogos Vorazes" conta o sofrimento a trajetória de Katniss Everdeen ao longo dos infames Jogos de Capitol em sua busca por sobrevivência e respostas. Como não quero fazer uma sinopse, vou adiantar aqui: Katniss se vê obrigada a tomar decisões, decidir lados e até mesmo o rumo de como as coisas vão acontecer, com a história tomando proporções imprevisíveis (o que é um ponto bem positivo), ao mesmo tempo em que ela tem que se preocupar com as consequências de suas ações para familiares (afinal, desde o começo ela quer proteger sua querida irmãzinha Primrose) que estão constantemente na linha de fogo pelos "poderes". Não é uma história de um "final perfeito", mas de um final "real" e por isso eu gostei dela.

Pessoalmente, esperava uma história bobinha, então alguns fatos me surpreenderam de como aconteceram. Em alguns outros pontos, porém, o que estava para acontecer era alguma coisa previsível. Os momentos nos jogos são bem emocionantes, ainda mais palo fato da história ser contada em 1ª pessoa, oferecendo um recurso de agilidade e subjetividade no desenrolar da história. Os Jogos são como os nomes dizem: Um massacre entre basicamente crianças na busca pela sobrevivência. Uma coisa que eu não gostei (pelo fator 1ª pessoa, claro) é que pouco sabemos dos outros personagens até que eles apareçam, falem umas doze palavras e morram (afinal, não tem como todo mundo escapar dos jogos, né).

No primeiro livro, eu já tinha visto o filme antes (HUEHUEHUE), então, sabendo mais ou menos o que esperar, a leitura pode ser bem suave, prestando atenção nos detalhes e tentando entender no que raios Katniss estava se metendo. Nesse ponto dá até pra elogiar o filme: Eu não consigo lembrar de muita coisa que perdeu o sentido no cinema, deixando a história bem engatilhada para o segundo.

O segundo e o terceiro, na minha opinião, formam ótimos livros, pois conseguem desenvolver a história por um caminho que vemos as coisas tomando proporções gigantescas (guerra!) quando a Katniss começa a enfrentar uns dilemas bem interessantes. Eu achei ela meio boba e sem muita ação, se deixando ser arrastada muitas vezes, mas isso não tira o mérito da história. Eu recomendaria quem não leu ler, pois é simples, fácil e rápido. No fim valeu a pena. :)

Agora, vamos ao segundo.

Battle Royale: Acho que quando os asiáticos decidem fazer uma história, eles "apelam" muito mais que suas versões ocidentais. É como uma "carta" branca pra ser bruto. Ainda mais quando o mangá é para "adultos" como Battle Royale é (ao contrário dos Jogos Vorazes, que é claramente um livro para uma faixa etária mais jovem). A história, simples, segue o padrão "ditadura de algum lugar" (no caso Japão) que pega "crianças" (no caso uma turma de ensino médio) e bota para se matar em uma arena (no caso uma ilha mesmo).

A parte que eu acho legal aqui é como os 42 personagens tem seus momentos (okay, quase todos eles), desde do "bundão protagonista que não sei muito o que fazer e quero matar ninguém", passando pela " 'vadia' da sala que sofreu abuso sexual [olha só, que legal! A personalidade da garota é contada e explicada para justificar seu comportamento insano!]" indo pelo cara que luta artes marciais até o psicopata que sofreu um acidente suas emoções. Desse modo, a gente conhece o background dos personagens, o que dá um brilho a mais na história. E claro que, para isso, ela é muito mais extensa e não é em primeira pessoa, logo, é mais lenta.

A brutalidade também é multiplicada. Como temos imagens, dá pra ver aqueles tiros explodindo o cérebro dos alvos, ou o pessoal sendo cortado e sangue jorrando. Não apenas isso, mas o terror psicológico também aumenta muito, com a dramatização de indivíduos até cometendo suicídio (afinal, eles nem treinamento receberam quando foram escolhidos, até onde eu me lembro) para não fazer parte do jogo. Algo muito mais... Humano.

A influência de algum "Game Maker" (carinha que controla a arena, no caso dos Hunger Games) também é menor e não existem criaturas insanas para matar os participantes. Só eles mesmos, os seus desespero ou algum deslize nas regras.

Se eu recomendo? SIM! TODOS os capítulos, incluindo aqueles vinte do final que o personagem X tá para matar o Y e tem todos os flashbacks da galera que já bateu as botas! Ou a lutinha de artes marciais com toda a filosofia de "momento". Ou quando o psicopata pega a sub-metralhadora e decide fazer a limpa... Enfim, deveras divertido. :)

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