segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Dicas para um Processo Seletivo suave

Olá pessoal!

Depois de ter tentado alguns processos seletivos (e tomado vários "não"s na minha cara) até conseguir a vaga que eu estou hoje, decidi registrar algumas dicas que eu aprendi no meio do caminho e percebi que podem ajudar. Como vocês vão ver não existe fórmula mágica. Tudo vai depender de postura, comprometimento, ação e, claro, um pouco de sorte.

Esse post vai se dividir em alguns grupos, para as dicas ficarem mais específicas: Etapa de ProvasTeste de Inglês e Etapa de Entrevistas. Cada uma delas será definida e discutida adiante.

ETAPA DE PROVAS - PROVAS ONLINE E PRESENCIAIS

Ah a etapa de provas... Sempre com os seus conhecimentos de lógica, matemática, continhas básicas, arredondamentos, conhecimentos gerais, um pouco de história, um pouco de inteligência espacial, entender sequência de números. Enfim, todos aqueles testes que a gente fica se perguntando o que está sendo medido. Como provavelmente não dá para ficar mais "inteligente" (e põe aspas nisso) de um dia para o outro, resta se preparar bem: Procure por testes de lógica, raciocínio numérico, raciocínio espacial no seu grande amigo Google. Pratique, pratique e pratique. Dê uma lida nos jornais (nas notícias do mundo e do Brasil) para ter alguma noção do que tá rolando e evite desperdiçar muito tempo com besteira, se você poderia estar praticando algum estilo de teste ou lendo notícias. Assim, você vai ficando "afiado" para simplesmente cortar essa fase.

Minha dica: Priorize o que é difícil para você. Se for a parte de lógica, procure os testes. Se for se manter antenado, comece a ler. Só fechando os pontos fracos que você vai ser capaz de seguir em frente. E não tem mistério: pratique, pratique e pratique mais um pouco. Aproveite os modelos dados pelas empresas e procure por provas no estilo dela.

ETAPA DE PROVAS - PROVAS DE INGLÊS

English, mothef*cker, do you speak it? A não ser que você se garanta, essa é também uma fase que pode ser antecipada. Leia, em geral, textos em inglês, mas também elabore perguntas para responder sozinho, em voz alta, preferencialmente gravando para ouvir depois e melhorar a pronúncia. Só repetindo cem vezes a mesma frase que a resposta vai se tornar natural e fluida (já que "inglês fluente" para um monte de vaga é um pré-requisito).

Eu pensava da seguinte maneira: Simulava na minha cabeça como poderia ser uma entrevista comum, perguntando sobre trajetória, motivações, objetivos, como poderia contribuir e etc e tentava escrever cada uma das perguntas em uma lista. Em seguida, transformava tudo para inglês e praticava mentalmente as respostas. Depois, escrevia para consolidá-las e lia em voz alta. Repetia o processo para ir melhorando as respostas e a própria fala, para que ficasse natural e fluido.

Minha dica: Repita até a exaustão. Apenas uma resposta natural (e portando bem praticada) é que vai passar o convencimento de que você domina uma segunda língua. Assim sendo, pratique. A experiência cria a qualidade, nesse caso. Do mesmo modo, procure por provas de inglês e leia o máximo possível.

ETAPA DE ENTREVISTAS

Agora é que a coisa fica realmente interessante. Normalmente, dependendo da empresa, ela acontece em mais de uma rodada, com pessoas de diferentes cargos. No começo, você pode até ficar incomdado, mas acho que não pode-se esquecer de uma coisa simples: eles estão te entrevistando porque acredita no seu potencial. Eles vão querer te testar e ver os seus limites. Se você se manter firme e se mostrar preparado, aguentar as investidas e souber se posicionar, não tem como te derrubar.

Dito isso, aqui vão algumas dicas:

1) Mantenha a calma. Dane-se que você está nervoso. Tente ficar no olho do furacão, longe do caos. Mantenha o pensamento positivo. Evite perder o equilíbrio e pense rápido. Confie em você mesmo e nos seus instintos.

2) Prepare-se. Procure antecipar perguntas com respostas um pouco já pensadas. Deixe fluir naturalmente, ao invés de forçar fórmulas.

3) Sorria.

4) Pense positivo, olhe nos olhos, seja claro, conciso, preciso.

5) Leia sobre a empresa. Você não precisa saber os nomes do filho do entrevistado, mas alguns pontos da filosofia da empresa são importantes. Até porque, você vai querer mostrar que vai vestir a camisa e ser um bom colaborador, não é?

6) Mais uma vez, antecipe as perguntas padrão. Claro que a entrevista pode seguir um caminho não esperado, mas isso faz parte do jogo também.

7) Não interprete ataques como ofensas. Eles estão ali unica e exclusivamente para te testar. Mantenha a postura e, com calma e elegância, responde (ou desvie-se) das perguntas. Só não pode ficar estático, com medo. Você contrataria alguém que se paralisa em momentos tensos?

8) Para mim, serviu muito fazer o máximo de entrevistas possível. Foi errando que eu aprendi, revisando minhas respostas e buscando sugestões.

9) Você já chegou longe, não desconfie de si mesmo.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Porque valeu a pena estudar na UFRJ

Agora que eu estou (finalmente) finalizando a minha graduação, achei natural fazer uma pausa para analisar o que valeu (e também não valeu) a pena durante a graduação na UFRJ. Claro que é uma análise sobre a minha perspectiva de estudante de Engenharia Eletrônica e Computação, mas acho que facilmente se aplica, na essência, para os outros cursos. Dessa forma, a intenção desse post é tentar listar os pontos fortes e fracos da faculdade e como eles, direta ou indiretamente, contribuíram para o meu crescimento e aprendizado ao longo desses 5 anos. São coisas simples que, agora, eu quero registrar para no futuro ver se elas fizeram diferença ou não. Vamos lá!

1) Os professores bons são realmente bons - Isso parece óbvio, e talvez realmente seja. Quando tiramos os professores que estão ali para fazer número e os que não foram demitidos simplesmente porque são funcionários públicos em um país que é basicamente impossível ser demitido sendo funcionário público concursado, sobra aqueles que são capazes de fazer a diferença, que enfrentam as dificuldades, as limitações e são capazes de transferir o conhecimento para os seus alunos. Esses então são responsáveis por fazer aquelas pequenas guinadas no meio da faculdade em que você fala "essa aula valeu a pena" ou "realmente deu para aprender algo". Acho que a mensagem deles é: não importa onde você esteja, você é capaz de fazer a diferença.

2) Os professores ruins também tem (muito) a ensinar - Além do fato deles lentamente te ensinarem a odiar pessoas de alto escalão que simplesmente estão ali para cumprir número e começar a se questionar como uma pessoa dessa consegue se manter com um emprego, eles ensinam uma lição preciosíssima: aprenda a se virar sozinho. Seja cobrando muito em provas nas quais eles simplesmente usam as aulas para bater papo ou simplesmente sendo eles mesmos (isso é, criando dificuldades para coisas que não precisam ser difíceis), eles são capazes de construir tanto uma insatisfação eterna quanto uma vontade de ser independente. A primeira oferece um senso crítico aguçado e também um senso de justiça: Você já vai ter se ferrado tanto que talvez não vá replicar quando for a sua vez de comandar algo; o segundo faz com que você não fique passivo frente aos obstáculos e sempre busque um caminho.

3) Burocracia e Burrocracia - Com o tempo, você também aprende a diferenciar o primeiro (que é necessário e parte da brincadeira) com o segundo (que está lá apenas para alguém não trabalhar). Você entende que tem pessoas que vão simplesmente apenas criar dificuldades, ao invés de propor soluções. E, se tudo der certo, você passa a ser do grupo que procura caminhos, ao invés de problemas. E, no longo prazo, isso deve fazer alguma diferença.

4) Execução - Por ser muito cobrado, acho que você se acostuma a não fazer coisas simples, a entregar pouco. Você aprende a sempre tentar fazer uma coisinha a mais, dar um detalhe especial, se esforçar um pouquinho a mais. Assim, eu acredito que a diferença final envolva muito a qualidade, se você não perder o foco de atacar objetivamente os problemas. Por ter sido treinado com um grau de desafio grande, quando você enfrenta problemas "mundanos", vai estar mais bem preparado.

Dessa forma, apenas espero que os anos tenham valido a pena para criar o que tanto gostam de falar de "diferencial". Em breve vou descobrir a verdade.

domingo, 11 de janeiro de 2015

O Príncipe


Nesse natal, eu ganhei de presente um box contendo três livros: O Príncipe, de Maquiavel, A Arte da Guerra, de Sun Tzu e O Livro dos Cinco Anéis, de Musashi. Uso esse post para falar do primeiro - e do meu preferido até o momento.

O Príncipe foi escrito como um presente de Niccolò Machiavelli a Lorenzo de Medici, oferecendo o bem que ele possuía de mais precioso: a sua sabedoria derivada de anos de experiência no seu trabalho, nas questões de como um príncipe deve manter o seu reinado e evitar ser subjugado pelo inimigo.

Nele, Maquiavel descreve as estratégias que um Príncipe deve seguir para evitar ter um fim precipitado. Como são relativamente simples e de fácil compreensão, podemos estendê-las e aplicá-las no nosso dia a dia com alguma dose de prática e persistência. E, então, percebemos que de "Maquiavélicas", elas não possuem nada.

Ofereço um exemplo. Em relação a aliados, Maquiavel é bem simples: Não torne-se dependente dos seus aliados e, muito menos faça com que eles se tornem independentes de você. Em hipótese alguma permita que seus aliados cresçam e se tornem mais forte do que você. Afinal, qual seria a consequência disso? Em pouco tempo o "aliado" estaria em uma posição superior a você e, em pouco tempo, se tornaria um novo inimigo querendo te esmagar.

Em se tratando de inimigos, por incrível que pareça, Maquiavel é pacífico! Ele diz apenas que, quando formos enfrentar nossos inimigos, devemos ser capazes o suficiente de causar dano máximo de forma a dizimá-los e, assim, um contra-ataque ou uma vingança futura não será possível. Relações de respeito e amizade devem ser mantidas, preferencialmente. Entretanto, se a situação exigir, devemos ser capazes de obliterar o inimigo e impossibilitá-lo de devolver o ataque em um futuro próximo.

Justamente pelo livro surpreender no que é dito sobre seu aspecto "Maquiavélico" e ele ter uma linguagem simples e intuitiva - que quando refletimos em cima somos capazes de tirar boas lições - ele é o meu preferido até o momento. Justamente por seu aspecto generalista com lições simples, podemos aplicá-los nos diferentes aspectos das nossas vidas, buscando nos tornar pessoas melhores e mais capazes, almejando a cooperação com outros indivíduos e nosso crescimento.

E vocês... Quais livros de estratégia recomendam?

Você pode encontrar o livro, online, aqui: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/principe.html