sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Phoenix Wright (OBJECTION!)











Não sei vocês, mas sempre quando eu via algum filme policial com toda aquela cena no tribunal da testemunha, o réu e o advogado, eu ficava alguma coisa pilhado imaginando a tensão que deve ser fazer aquilo em "tempo real" (vamos considerar que não existe dramatização no meio e que a realidade é assim mesmo, hahaha!). Então, um dias, eu decidi chamar um joguinho "Phoenix Wright". A essência dele? Você é um advogado - "de defesa", nunca o procurador - e sempre tem algum em que todas as chances estão contra você, mas, por sorte, você é Phoenix Wright, Ace Attorney e vai "desenrolar" todo o caso.

A história do primeiro começa com Phoenix Wright e sua mentora em um caso - oportunidade para que todas as informações da mecânica do jogo são passadas para você - em que ele ainda é alguma coisa novato - afinal, você, jogador, também é um novato! Nunca saberíamos, porém, que logo depois as coisas mudariam bruscamente na vida desse advogado.

A premissa é bem simples, se for parar para pensar, entretanto, é o exato oposto de como os casos são montados. Sempre nos jogos (e são uns 6 até onde eu sei, até hoje) a dificuldade das "pistas" vai aumentando progressivamente. O sistema é bem simples e os casos se dividem entre cenas de investigação - e aí você colhe informações, evidências e entende o que tá acontecendo - e cenas no tribunal - onde o objetivo é contra-atacar as acusações e analisar as testemunhas.

As cenas de investigação tem elementos introduzidos caso a caso. Primeiro, por exemplo, a gente aprende que sempre quando alguém dá um tiro com uma arma de fogo, sempre sobra resquícios de pólvora na roupa. Então, no caso que a gente suspeita de armas de fogo, a gente sempre levanta essa possibilidade para analisar as testemunhas. Outro exemplo é prestar atenção se a testemunha é destra ou canhota. Pode parecer estúpido, mas são os pequenos detalhes que fazem o jogo virar! E claro, não podemos esquecer dos sidekicks que vão desde o Detetive até a Cientista que ajudam a colher pistas e dão outras dicas. Desse modo, a investigação evita ser entediante, mas também não é extremamente fácil.

Entretanto, é no tribunal que a coisa pega fogo! Você, o procurador e a testemunha, em uma Cross Examination procurando os buracos no testemunho e a verdade. É a hora clássica de gritar...


... e mostrar para a testemunha que ela TEM que parar de mentir e falar a verdade! E claro que muitas vezes os seus gritos de "Objection!" vão ser combatidos pelos mesmos gritos do outro lado, então se prepara para não apenas atacar a testemunha, mas segurar sua posição e se manter firme no caso, antes que o veredito contrário venha ao seu alcance!

Além disso, cada jogo contém elementos únicos ao mesmo. Nos jogos com o nosso advogado de defesa preferido, em um momento podemos "detectar" (poderes míiiiiiiiiiiiisticos!) quando indivíduos - fora do tribunal - estão escondendo alguma verdade. E então é o seu objetivo "interrogá-los" meio que indiretamente para fazer eles falarem e contar tudo - meio que um clássico jogar verde e colher maduro. Em outro, o personagem adquire algum tipo de percepção extremamente detalhada, podendo perceber quando um indivíduo está mentindo - algum tipo de 'vício' no movimento ao estilo de piscar involuntariamente - e então...

... você tem a testemunha encurralada em contar uma mentira de modo ruim e sabe exatamente onde atacar.

Não obstante, nós também temos os personagens que são realmente explorados no jogo. Desde a sua ajudante e aprendiz de médium, passando pelo detetive até o procurador-rival-melhor-amigo, todos eles possuem seus modos de pensar e peculiariedades, fornecendo brilho ao jogo, ao invés de "simplesmente estarem ali".

Por isso tudo eu recomendo Phoenix Wright para aqueles que procuram um jogo que utiliza do cérebro, ao invés de simplesmente apertar um botão constantemente. É um jogo para degustar e aproveitar, ao invés de simplesmente passar por ele correndo.

Deixo para os curiosos um trailer com "fandub" (fãs fazendo a dublagem) do quarto jogo da série: Apollo Justice. Pessoalmente, eu achei que ficou de excelente qualidade, ainda mais com as vozes cheias de emoção mostrando as frases dos personagens. Nos vemos no tribunal! ;D


"The only thing that matters is the truth. 
Everything you need lies in the information you have in your hands."


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Jogos Vorazes & Battle Royale


É altamente provável que você já tenha ouvido falar do primeiro mas não do segundo. A não ser que você tenha ouvido eu falar do primeiro, porque aí eu invariavelmente falo do segundo também, afinal, é legal comparar uma obra "ocidental" com uma "oriental" e ver as diferenças de estilo e do modo como a história é contada. A intenção aqui não é mostrar elevado saber e notável conhecimento, no máximo fazer quem leu o primeiro também ler o segundo (se aguentar!), porque pode ser sempre divertido ler o mesmo "estilo" de história por duas visões diferentes. Então... Vamos lá!

Hunger Games: Os "Jogos Vorazes" conta o sofrimento a trajetória de Katniss Everdeen ao longo dos infames Jogos de Capitol em sua busca por sobrevivência e respostas. Como não quero fazer uma sinopse, vou adiantar aqui: Katniss se vê obrigada a tomar decisões, decidir lados e até mesmo o rumo de como as coisas vão acontecer, com a história tomando proporções imprevisíveis (o que é um ponto bem positivo), ao mesmo tempo em que ela tem que se preocupar com as consequências de suas ações para familiares (afinal, desde o começo ela quer proteger sua querida irmãzinha Primrose) que estão constantemente na linha de fogo pelos "poderes". Não é uma história de um "final perfeito", mas de um final "real" e por isso eu gostei dela.

Pessoalmente, esperava uma história bobinha, então alguns fatos me surpreenderam de como aconteceram. Em alguns outros pontos, porém, o que estava para acontecer era alguma coisa previsível. Os momentos nos jogos são bem emocionantes, ainda mais palo fato da história ser contada em 1ª pessoa, oferecendo um recurso de agilidade e subjetividade no desenrolar da história. Os Jogos são como os nomes dizem: Um massacre entre basicamente crianças na busca pela sobrevivência. Uma coisa que eu não gostei (pelo fator 1ª pessoa, claro) é que pouco sabemos dos outros personagens até que eles apareçam, falem umas doze palavras e morram (afinal, não tem como todo mundo escapar dos jogos, né).

No primeiro livro, eu já tinha visto o filme antes (HUEHUEHUE), então, sabendo mais ou menos o que esperar, a leitura pode ser bem suave, prestando atenção nos detalhes e tentando entender no que raios Katniss estava se metendo. Nesse ponto dá até pra elogiar o filme: Eu não consigo lembrar de muita coisa que perdeu o sentido no cinema, deixando a história bem engatilhada para o segundo.

O segundo e o terceiro, na minha opinião, formam ótimos livros, pois conseguem desenvolver a história por um caminho que vemos as coisas tomando proporções gigantescas (guerra!) quando a Katniss começa a enfrentar uns dilemas bem interessantes. Eu achei ela meio boba e sem muita ação, se deixando ser arrastada muitas vezes, mas isso não tira o mérito da história. Eu recomendaria quem não leu ler, pois é simples, fácil e rápido. No fim valeu a pena. :)

Agora, vamos ao segundo.

Battle Royale: Acho que quando os asiáticos decidem fazer uma história, eles "apelam" muito mais que suas versões ocidentais. É como uma "carta" branca pra ser bruto. Ainda mais quando o mangá é para "adultos" como Battle Royale é (ao contrário dos Jogos Vorazes, que é claramente um livro para uma faixa etária mais jovem). A história, simples, segue o padrão "ditadura de algum lugar" (no caso Japão) que pega "crianças" (no caso uma turma de ensino médio) e bota para se matar em uma arena (no caso uma ilha mesmo).

A parte que eu acho legal aqui é como os 42 personagens tem seus momentos (okay, quase todos eles), desde do "bundão protagonista que não sei muito o que fazer e quero matar ninguém", passando pela " 'vadia' da sala que sofreu abuso sexual [olha só, que legal! A personalidade da garota é contada e explicada para justificar seu comportamento insano!]" indo pelo cara que luta artes marciais até o psicopata que sofreu um acidente suas emoções. Desse modo, a gente conhece o background dos personagens, o que dá um brilho a mais na história. E claro que, para isso, ela é muito mais extensa e não é em primeira pessoa, logo, é mais lenta.

A brutalidade também é multiplicada. Como temos imagens, dá pra ver aqueles tiros explodindo o cérebro dos alvos, ou o pessoal sendo cortado e sangue jorrando. Não apenas isso, mas o terror psicológico também aumenta muito, com a dramatização de indivíduos até cometendo suicídio (afinal, eles nem treinamento receberam quando foram escolhidos, até onde eu me lembro) para não fazer parte do jogo. Algo muito mais... Humano.

A influência de algum "Game Maker" (carinha que controla a arena, no caso dos Hunger Games) também é menor e não existem criaturas insanas para matar os participantes. Só eles mesmos, os seus desespero ou algum deslize nas regras.

Se eu recomendo? SIM! TODOS os capítulos, incluindo aqueles vinte do final que o personagem X tá para matar o Y e tem todos os flashbacks da galera que já bateu as botas! Ou a lutinha de artes marciais com toda a filosofia de "momento". Ou quando o psicopata pega a sub-metralhadora e decide fazer a limpa... Enfim, deveras divertido. :)

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Broadway - Le Fantôme de l'Opéra

Phantom of the Opera Cover.jpg

Eu tive, alguns dias atrás, a oportunidade de ver um dos tão almejados "Espetáculos da Broadway". E dá pra dizer, com boa margem de erro, que só isso valeu a pena a viagem toda. Claro que depois eu tive que passar por um aperto gigantesco para voltar para o meu hotel feliz e contente, mas isso é uma outra história (que envolve os malditos taxis de NY).

Ahem, de volta ao espetáculo. Desde o começo, dá pra perceber que a proposta da coisa vai além do básico. Querendo ou não, esses americanos malditos sabem como fazer uma festa decentemente, ou pelo menos criar toda uma atmosfera. O nome "Broadway" eu acho que já tem um sentido por si só, mesmo que você fosse lá ver apresentações de menor tradição. A localização do local amplia essa atmosfera, já que no outro lado da rua, por exemplo, tinha o teatro do Mamma Mia. Aí, quando você olha, os dois prédios são completamente diferentes. Não são apenas uma fachada bonitinha que dará entrada ao teatro e tal. A fachada do prédio dO Fantasma da Ópera remete àquela arquitetura antiga, lá dos 1850 dde Paris, onde, também em um teatro, a história se desenvolve.

Como estou longe de ser algum crítico de arte, não vou fazer comentários sobre enredo, atuações ou coisas do tipo. Quero falar sobre a minha experiência. Eu fiquei impressionado como a forma de todo o espetáculo se desenvolveu. Em nenhum momento, nenhum maldito momento, os atores ficaram parados. Eles tinham a capacidade de se expressar de uma maneira absurda, dando grande fluidez para a história. Os efeitos especiais potencializaram o efeito da peça, assim como a transição de cenários era tão simples e rápida que a história tinha que ser absorvida em velocidade ou os detalhes iriam se dispersar no ar. 

O momento mais impressionante foi quando a galerinha do teatro decidiu acender umas quatro chamas verticalmente. Além do susto com o barulho e a súbita mudança de claridade (e aí tu fica cego por uns segundos também, de brinde) o calor varreu o teatro. Podem acreditar, porque eu não estava tão perto e já senti a onda quente no meu rosto, eu imagino o cara que tava na primeira fileira. Ele deve ter tostado um pouco.

A música... Bem, sem palavras. Chega um ponto em que eu até pensei que rolava algum tipo de playback (afinal a cantoria rolava mesmo com um ator deitado no chão e se rastejando) tamanha era a capacidade dos atores de cantar sem problema algum, mesmo se eles estivessem sentados ou deitados, ou correndo ou pulando. A trilha sonora por si só é um espetáculo a parte.

Se eu recomendo? Sem dúvida alguma recomendo. Mas só acho que vale mais a pena ver as peças com mais tradição antes das mais "pop", mas acho que isso fica mais a gosto do freguês e de que tipo de coisa ele quer ver. Mas sugiro se hospedar o mais perto possível, para não depender de transporte algum (mas aí fica caro, o que indica que você tem que economizar dinheiro). Algumas vezes, gastar mais é melhor que passar [muito] sufoco.

De bônus: Eu confirmei que pegar um taxi em NY é um coisa impossível mesmo. E quando você pega, eles não usam o taxímetro e cobram o dobro do preço da corrida normal. Acho que faz parte de ser um turista. Pena que eu também sei andar de ônibus. :)

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Surpresas

Eu tenho uma coisa para admitir: Sou péssimo em organizar surpresas sozinho. Essa é uma coisa que eu preciso melhorar em mim, principalmente. É tão legal ver uma pessoa surpresa e feliz que vale a pena todo o "trabalho" de organizar as coisas, hahahaha! Então eu posso tentar fazer o primeiro passo, não é mesmo? Então eu decidi fazer uma brincadeira com você, Isabela, uma das minhas duas ávidas leitoras (sendo a outra a minha mãe, hahahaha!). Afinal, se eu quero fazer uma surpresa boa, acho que é para você!

Então, vamos antes explicar as regras do jogo, fazer aquela introdução básica e começar a diversão (pelo menos para mim, já que você vai ter que ralar um pouco, hahahaha!). Vamos lá!

E se eu te disser que utilizei todas as minhas habilidades ninjas para esconder peças de um quebra cabeça nas suas coisas, na sua casa, cada uma com um mistério diferente e um enigma para ser resolvido? Só juntando todas as peças você será capaz de descobrir a resposta para o mistério. Será que você conseguirá descobrir antes da data limite? Será que você é capaz de descobrir qual é a data limite? 

Vamos ao primeiro enigma:

"Para que a mensagem você possa entender, pense primeiro em nós. LEOnardo e ISAbela. Para que a mensagem você possa assimilar, primeiro você a precisa decifrar. Um enigma, um quebra-cabeça. Um se torna o outro e outro se torna um. Um ciclo. Qual é o caminho certo para escolher? Que mensagem, no fim, assim, você assim conseguirá obter? Tenha sempre me mente em descartar o desnecessário para que assim o sentido possa surgir onde ele pode não parecer estar!

Para quS vAcê pAssa a próxima pista SncAntrar, vá cArrSndA S bSm dSprSssa nA sSu quartA prAcurar! AndS SstAu, vAcê mS pSrgunta. AndS vAcê pAdS mS SncAntrar, vAcê sS indaga. SntãA aqui vãA as pistas, prSstS bastantS atSnçãA: Sm mim vAcê cAnfiAu, pSrtA dS vAcê nA gSIA SstAu. SSi quS nãA sAu pSrfSitA, sSi quS tS causSi bastantS mSdA. Mas nãA tSma, pSquSna. CAmigA vAcê pAdS sSmprS dSsIizar, para a IibSrdadS - S A friA gSIadA - Sm sSu bSIA rAstA SncAntrar!"

Boa sorte! :D

terça-feira, 22 de outubro de 2013

À lua!




Vamos ao momento wikipedia: To the Moon é o quarto jogo produzido por Kan "Reives" Gao e o primeiro lançamento comercial de sua desenvolvedora indie Freebird Games. É um RPG de aventura com elementos de visual novel.

A história do jogo começa com um velhinho chamado Johnny que está no seu leito de morte. Ele, porém, através do uso da tecnologia de manipulação de memórias, pode realizar o seu último desejo antes de falecer. Ele tem a possibilidade de apagar todas as memórias dele antigas e modificá-las, passando a viver em um "caminho diferente" para a sua história. O custo é que tal alteração o levaria à morte (o que não é um grande problema já que ele está prestes a morrer mesmo).

O desejo dele? Ir à lua.

[ALERTA DE SPOILERS LEVES]
O interessante do jogo, porém, é entender a motivação dele para fazer isso. Johnny é casado com Rivers, sua querida esposa que faleceu alguns anos antes dele chegar nesse ponto. No decorrer do jogo, porém, percebemos que as coisas não estavam indo muito bem...

O sistema de navegação pelas memórias de Johnny acontecem de modo parcial, indo desde a sua memória mais recente (velhice, morte de River) até os momentos mais antigos (sua adolescência e infância). Eu simplesmente achei espetacular como o personagem Johnny de "velho no leito de morte" se transforma em todo um personagem com motivações, medos e angústias a medida que vamos conhecendo as memórias dele. As cenas de diálogo são interessantíssimas e fazem a gente parar para pensar em muitos assuntos, como "Amor", "Esperança" e "Amizade".


[ALERTA DE SPOILERS MEDIANOS]
Exemplo?




Existe uma cena que os personagens estão discutindo no café de uma livraria. River, a ruiva da direita, olha os livros. Johnny está na mesa com Nikolas e Isabelle, amigos de infância. Nesse ponto do jogo, nós já descobrimos que River sofre uma doença ficando bastante deslocada do mundo - um tipo de autismo - chegando em um ponto na relação que o nosso protagonista está sofrendo por ela ser demasiada fria. E então vem essa frase: "Sometimes you just have to have faith that she cares". Acho difícil não parar pra pensar.

[ALERTA DE SPOILERS PESADOS]

Outro exemplo?

Logo no começo do jogo, tem uma cena que River recebe a carta dos custos de tratamento para a sua doença terminal. O problema: ela e Johnny ainda estão pagando a casa. A escolha é simples: manter a casa que foi tão demorada para ser construída (e em um lugar que representa muito para eles) ou prolongar a vida de River com o tratamento. Johnny quer obviamente a segunda opção... mas River... River não. Ela deseja diferente. E não é a escolha dela decidir se quem fica é a casa ou ela? Johnny então se vê "preso" à escolha dela, querendo ajudar mas não podendo fazer nada, pois ela não quer que nada seja feito. Afinal, do que adiantaria "prolongar" a vida dela se isso não fosse torná-la feliz, pelo contrário, a deixaria triste por ele ter tido que abrir mão da casa? Perguntas, perguntas, perguntas... O "Amor" não pode ser egoísta, não é mesmo? :P


A medida que vamos avançando no jogo, percebemos que a história dos personagens vai se enraizando neles de tal maneira que tudo se torna uma mistura tão densa e cheia de sentimentos que queremos acompanhar cada instante para não perder nenhum detalhe. Os próprios médicos do jogo - que devem entrar nas memórias para modificá-las e praticamente vivenciá-las - se alteram de simples "estamos aqui para fazer o nosso trabalho" para "vamos fazer Johnny ter um final feliz".


Existem coisas no jogo que você só entende depois de jogá-lo por completo e parar pra pensar, também. Nas "memórias reais", River, com a sua síndrome, faz diversos coelhos de origami. Esse evento aconteceu após Johnny contar para aquela que a motivação dele se aproximar dela foi porque ela era "diferente". Ao longo do jogo também percebemos a angústia de River de tentar ser igual a todos mas não conseguir por causa da sua "doença", então para ela pode ser realmente ruim alguém se aproximar porque ela é "diferente". Entretanto, esses coelhos não são um efeito apenas dessa "decepção" dela. Johnny foi uma pessoa que precisou tomar remédios para bloquear parte da sua memória e ele esqueceu o seu primeiro encontro com a River,  encontro no qual eles imaginaram um coelho no céu. Então, os coelhos de origami e todas as perguntas que sucedem ele são uma tentativa de fazer Johnny se lembrar do que ele havia prometido naquele dia...


Que, caso eles se perdessem e não mais se encontrassem, eles iriam até a lua encontrar um ao outro.






[FIM DOS SPOILERS]

Sem dúvidas é um jogo que eu recomendo para qualquer pessoa jogar. É uma história feliz que faz você pensar sobre o que é realmente importante. :)

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O dia em que eu ensinei o meu roomate a colocar o papel higiênico no lugar certo


Sim querido leitor, é exatamente isso que você leu! Pode ser absurdo, mas aparentemente algumas pessoas tem algum tipo de bloqueio em realizar as coisas mais simples quando se divide uma casa, quarto ou um banheiro. O meu roomate TINHA um desses problemas porque, com uma grande dose de sapiência e 'çagassidade', podemos ensinar truques novos a um cão velho.

Já fazia um bom tempo que eu percebia esse fato. Tinham dois lugares para colocar papel higiênico no banheiro, esses dois rolinhos na imagem acima. Quando um acabava, eu trocava. Mas percebi que era apenas eu que trocava. Decidi então testar. Deixei acabar o outro também. E ele não aparecia trocado. O papel higiênico, inclusive, apareceu em cima da pia, ao invés de no rolinho. Porque deve ser uma tarefa muito árdua gastar trinta segundos do dia para fazer isso! Deveras! Exige uma sapiência intelectual digna de um mestrando (cof cof, piada interna).

Mas não, eu não desisto tão facilmente. Pensei comigo mesmo. O papel higiênico sempre estava no mínimo quando eu estava perto (não vamos discutir se isso é dramatização, hiperbolismo, coincidência ou qualquer outra coisa) e algumas vezes eu tinha sido o último a usar, outras não. Se eu fizesse o "refill" do segundo, então eu nunca encontraria o segundo "refillado". Era... impressionante. Porque, mais uma vez, deve ser uma tarefa muito árdua gastar dez segundos (diminuiu o tempo, ó!) para fazer isso. Se outro pode fazer, por que eu farei? :P

Mas então eu tive uma ideia! Iluminado por um astro de sabedoria. Iluminado pelos deuses cósmicos da zoeragem, eu decidi simplesmente... não trocar mais coisa alguma. A não ação, a suavidade do mar, a leveza do ar. Nada vence a suavidade, pode tentar. Então o papel acabou e eu esperei. Era só ter paciência que algo poderia acontecer, afinal, no mínimo, o papel tinha que ser tirado do saco quando o banheiro fosse usado. Sabiamente passei a usar o meu próprio rolinho (RÇRÇRÇRÇ zoeragem máxima!) e aguardar como um monge cientista aguarda as leveduras crescerem para que ela possa descobrir alguma coisa sobre o DNA.

E esperei e não demorou muito. Eis que surge o MAGNÍFICO PAPEL HIGIÊNICO no rolinho! Minha vontade foi de jogar um biscoito para o roomate e falar "boa garoto!", mas eu concluí que não a melhor ideia. Que a lição ficasse silenciosamente na mente dele, crescendo ali, esperando uma nova oportunidade para que o rolo de papel higiênico fosse trocado.

PS: APENAS UM ROLO surgiu. Nada de dois, porque dois é muito trabalhoso!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

16 - A Torre

Continuando com a série a muito esquecida, a "carta de hoje" é a Torre. A carta, de fato, não é um prenúncio bom. Crise, Obstáculo, Desastre, Caos. Ela representa todas essas coisas 'agradáveis' no dia a dia. Queda, Ruína, Desilusão, Dificuldade. Claro claro, podia ser um post falando sobre como a vida é difícil, o mundo é ruim e tudo - em alguns momentos - parece jogar contra a gente. Mas eu prefiro enxergar as coisas de um modo diferente (e pode me culpar se isso parecer deveras ingênuo...).

Prefiro ver agora "conflito" como "oportunidade de crescimento". Para crescer, a gente precisa sair da zona de conforto. Você pode se cercar de mentiras e vestir a sua armadura, mas você vai ser atingido quando deixar sua zona de conforto. Você pode tentar correr e se esconder, mas tudo o que você não aprendeu vai te ser ensinado de um modo que você não esqueça tão cedo. Então, sentir aquele medo, aquele frio na barriga é algo perfeitamente normal quando você se depara com algum obstáculo. 

Como você pode abandonar velhos hábitos, se não está sendo desafiado? Abraçar os desafios é a melhor forma de buscar crescimento. Sem medo, tentando de novo dia após dia. Falhar é apenas um dos resultados possíveis, porque você pode também se arrepender de nunca ter tentado ser diferente. E ficar sentado em um sofá desejando nada só vai te tornar alguém medíocre e fraco na vida. 

O processo não é fácil e fluido. Ele é lento e vai te machucar. No fim, se você tiver sorte, você vai ser diferente. Você vai ter crescido de alguma maneira. Na pior das hipóteses, você vai derramar algumas lágrimas mas vai irremediavelmente se curar de tudo. As cicatrizes vão ficar, para sempre, lembrando onde você errou. E aí cabe a você como você vai olhar para elas e cuidar delas. 

Mas, no fim, não tem porque ter medo. Ou você tenta ou fica parado. Andar para frente pode machucar, mas todos conseguem mais cedo ou mais tarde. Os obstáculos existem para que a gente valorize a conquista, o final, a vitória. Uns podem parecer mais fácil e mais valiosos que outros. 

O que eu acho mais importante, porém, é o caminho que a gente decide seguir. Mesmo que a gente se afaste dele algumas vezes por erros, o caminho que tentamos seguir para alcançar dado objetivo é mais importante do que o resto. Porque, no fim, com o prêmio na mão, é o caminho que diz quem realmente somos. E trocar de caminho não é problema, só tem o seu preço. 

No caminho através da torre, quero seguir o caminho que deixa minha consciência em paz. Só assim crescer vai ter significado para mim. 

domingo, 15 de setembro de 2013

Pessoas




É engraçado perceber como as situações mudam como a maré. Em alguns momentos, eu gostaria de poder sentar de longe e apenas observar. Entender as razões, motivos e motivações. Acho que a grande lição que eu podia tirar aqui, no fim, é sobre pessoas. Seres humanos, com suas razões, medos e modo de agir. Distintos e únicos por isso. Com suas histórias que dobraram o seu eixo moral em alguma direção.

Eu conheci diferentes tipos de pessoas, sim.

Conheci aquelas "lobos em pele de cordeiro" que procuravam sempre o seu próprio bem com o seu egocentrismo. Funcionavam no "troca a troca" sempre "colocando o seu na mesa". Fui tolo em acreditar que poderia tirar alguma coisa de boa delas, aprender algo (sempre aprendo). Dessas, agora, decido manter a minha distância segura. Não me interessa vínculos desse tipo, muito menos ficar perto de pessoas que pensam única e exclusivamente nelas mesmas, como se vivêssemos em um tipo de competição horrível. Competirei quando for necessário, no meu trabalho e para defender os meus interesses sim, mas sobre as regras e com alguma classe. Isso é o que me diferencia de um animal.

Vi como as pessoas fazem amigos de um modo rápido. Amigos? Eu chamaria mais de companheiros de balada. Aparentemente, fazer amigo se você for artificial é uma coisa muito simples. Se você não conversa e só bebe, o que importa ter ideias ou histórias para dividir? Nada, porque o importante é fazer barulho e posar semi-bêbado para alguma foto. Quanto mais você beber, melhor. Números, números. Talvez porque a solidão seja algo difícil de aguentar, talvez porque a mentalidade esteja um pouco atrasada. Curtir é bom sim, todos merecem. Outra coisa é quando fica artificial... ou vazio.

E claro, vi pessoas com suas máscaras. Pessoas que mentiram para parecer boas para um lado e para o outro, não se importando com as consequências de suas mentiras. Pessoas que posaram como neutras, mas que foi uma questão de tempo até perceber que elas eram tendenciosas. Pessoas, simplesmente pessoas.

Mas existiram algumas - e eu posso contar em menos dedos do que eu tenho em uma mão - que valeu a pena conhecer. Pessoas com suas próprias e interessantes histórias, pessoas que podiam transmitir alguma lição, pessoas que enxergavam além do que um mero palmo na sua frente. Essas pessoas vou acabar guardando por muito e muito tempo. 

Mas o Tolo sempre aprende alguma coisa no fim, não é mesmo? Faz pate da jornada dele e errar só significa que ele pode crescer.

E com as pessoas, deu para aprender. Deu para perder um pouco de "ingenuidade" e daquela coisa de achar que "as pessoas talvez sejam boas". Deu para entender que as pessoas vão lutar sim pelo que é melhor para elas e se você for visto como ameaça - quer você seja ou não - você será tratado como uma. Deu para ver que as pessoas vão se preocupar com elas em primeiro lugar e que se o jogo puder terminar "2 a 0" ao invés de "1 a 1", com vantagem para elas, elas assim o farão. Deu para aprender que as pessoas se comparam o tempo todo, procurando ser a "mais mais".

Deu para aprender que as poucas pessoas que acabam "dando certo" contigo são as que mais importam. Deu para aprender que ouvir é receber histórias e experiências e é mais importante que falar. Deu para aprender que um amigo vale mais do que muitas máscaras e medos. Deu para aprender que pessoas apareçam e vão em nossas vidas e, no fim, as que ficam foram as que deviam ficar.

No fim, não podemos ficar parados. "Continue a nadar, continue a nadar...". E acumule as pérolas - amigos - que você encontrar na vida, guardando em memórias. Porque, um dia, você só vai lembrar das coisas boas. Ou pelo menos é o que eu espero...

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Sobre a McGill


"What if I told you..."

Constantemente me perguntam o que eu estou achando sobre o intercâmbio e tal, então, acho que está na hora de escrever a minha opinião até o momento, após esse primeiro semestre no inverno e metade do meu estágio da minha pesquisa de verão. A tendência natural do meu ponto de vista é comparar o que eu faria em termos de Engenharia Eletrônica e de Computação na UFRJ e o que eu faço em Engenharia Elétrica na McGill. Sabendo disso e sabendo que serei igualmente tendencioso e até mesmo com doses de bairrista, lá vamos nós.

O curso de engenharia na McGill é de quatro anos. Acho que daí podemos tirar algumas conclusões. Em quatro anos, é impossível estudar o mesmo que se estuda em cinco anos na UFRJ. Só se eles fossem cobrados 25% a mais em cada ano, totalizando um misterioso ano fantasma devido a eficiência da faculdade. Obviamente, isso é uma coisa que não acontece. Logo, como eles tem um ano a menos, eles também tem matérias a menos. Vamos quebrar isso e ir passo a passo.

As matérias são mais difíceis do que no Brasil? A resposta é não. Talvez o meu não seja influenciado porque eu paguei 4 matérias contra as 5 que eu costumo pegar. Mas no fim, ou eu fiquei mais inteligente e precisei estudar menos ou a matéria foi mais fácil. Acho que existe um grande fator de eu não estar gastando 1h30 para ir para a faculdade e 2h30 voltando, que, incrivelmente, gera quatro horas a mais no meu dia e me desgasta muito menos. Logo, sobra mais tempo para estudar e falta cansaço para atrapalhar os estudos. Acho que pode ser muito "cuspir no prato que comeu", no fim, mas que eu achei ou a mesma coisa ou mais fácil foi a verdade. Se o cara tem em um curso para cobrir a ementa de um e meio no Brasil, então ele só vai poder pegar leve (ou repetir geral, hahaha). Algo me diz também que ter uma tuition faz as coisas ficarem mais fáceis.

As avaliações são mais difíceis? Aqui é comum ter a primeira prova (midterm) e a prova final. Sim, só duas. E a final costuma valer 50% pra mais da sua nota. Eu, particularmente, prefiro o sistema do Brasil. Uma prova, outra prova e se tu precisar, a final. Pelo menos assim o professor pode aloprar nas duas primeiras e deixar o cara se recuperar na final depois de estudar que nem um louco e "aprender". Aqui as provas são bem feijão com arroz, sem pegadinhas. O cara praticamente grita "VAI CAIR ISSO AQUI NA PROVA DESSE JEITO PRESTA ATENÇÃO PELAMOR DE DEUS!" enquanto dá a matéria. Logo, considerando também que eu pelo menos tive acesso a provas antigas e fui não folgado o suficiente para fazê-las, não tive surpresa alguma durante uma avaliação. Achei, no geral, que elas foram mais fáceis sim.

Os professores são melhores? HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! Ledo engano, jovem padawan. Aqui os caras podem ter mais formação, mas eles também caem no velho problema de "professor com background do balacobaco e aulas lixosas". Algumas aula são boas, outras dá vontade de se suicidar com uma caneta pelo olho. Na maioria das vezes são "..." . Curto e grosso: "Poucos são bons, como era de se esperar".

Estrutura? Isso aí não tem muita comparação. Salas limpas, bem conservadas. Campus bem localizado (ponto pra McGill que está no meio de Montreal!). No fundão a estrutura me era boa também e eu não tinha do que reclamar. Seria mimimi desnecessário.

Acho que isso é tudo, por enquanto. :D

terça-feira, 7 de maio de 2013

O dia em que se reflete

Quanto tempo, hein, querido blog? O inverno acabou, a primavera chegou (finalmente) e agora eu até comecei a fazer o meu trabalho de verão da bolsa. Mas não estou aqui para falar de invernos, primaveras, McGill ou como as aulas foram a mesma coisa do Brasil. Isso são assuntos de outros posts.

Estou aqui para falar de algo um pouco mais crítico... Estou aqui para falar de seres humanos, com seus hábitos, manias, motivações e desejos. Sou ninguém para avaliar o comportamento das pessoas, mas como qualquer macaco que passou pelo processo de evolução, acho que consigo enxergar padrões se eles se repetirem constantemente na minha frente.

"Enrole menos e vá para o post, Léo." você me diz. "Paciência, jovem Padawan." eu te respondo. Para que tanta pressa? Já que isso aqui (o blog) acabou ficando um pouco às moscas, então vamos fazer alguma coisa trabalhada, fluida e bem montada.

Estava eu conversando com a Isa (oi Isa!) quando começamos a perceber alguns detalhes engraçado do "modus operandi" dos intercambistas pelo facebook. A fórmula é simples e ela será explicitada no fim do post. Seria cômico, se não tivesse uma leve pitada de tragédia. Claro, querido leitor, que tal generalização, assim como todas as generalizações do mundo, se aplicam a 95% das pessoas. De qualquer modo, também, "o choro é livre".

Recomendo, antes de avançarmos bravamente para a próxima parte do post, a leitura do seguinte artigo (http://www.cartacapital.com.br/cultura/clicar-em-vez-de-viver-tornou-se-norma) da Carta Capital. Não é uma tendência apenas dos intercambistas, é claro, mas de qualquer um que começa a viajar por aí. A coisa só fica mais engraçada (se não trágica) com os intercambistas.

Ah, que fique claro. A própria composição do post entra no aspecto de "O Choro é Livre" e a mesma regra se aplica a minha pessoa. Se algo me incomoda, o meu choro é livre e eu faço o que eu quiser com ele. Darei minha solução no final do post.

Eu poderia começar praticamente de qualquer ponto do intercâmbio... Mas decidi retratar o "Festival das Tulipas" de Ottawa. A cidade é a capital do Canadá. Ela tem história e tal. Muita história. E prédios bonitos. Prédios muito bonitos em... fotos.

Acho que eu não preciso explicar muita coisa, mas mesmo assim, vamos lá.

Foi comum (infelizmente bastante comum) ver um "padrão de ação" nos posts nas mídias sociais (leia: Facebook). A grande questão não é você postar a foto sua fazendo pose do lado do prédio do parlamento de Ottawa. Não é você postar fotos suas no museu. Não é você postar foto das infinitas tulipas. É você fazer isso tudo enquanto você tá na viagem. Essa é a minha crítica. Só por que você tem um celular de última geração com um plano de 2 GB de dados você precisa postar a cada trinta segundos o que você faz?Você precisa tirar centenas de fotos e simplesmente jogá-las no seu Facebook apenas para ostentar alguma coisa? Pode ficar tranquilo, todos sabem que você está no Canadá/EUA/Europa. Todo mundo sabe que você está se divertindo pra caramba à beça, fica tranquilo!

O que me incomoda não são os posts. Não são as fotos e a felicidade. É muito bom que todo mundo se divirta no intercâmbio (apesar que se formos parar para pensar e criticar, é dinheiro público sendo jogado pro alto) viajando e tal. Eu realmente desejo que todo mundo tenha uma experiência agradável aqui. Não é meu desejo ver nego se ferrando, mesmo com as disparidades gritantes ente as univesidades (assunto de mais um post).

O que incomoda é a necessidade de ostentar alguma coisa. É a necessidade de não estar satisfeito com o que tem, mas querer ser melhor que alguém. Sempre. Não é incomum ler comentários baseando-se que "meu X é melhor que o seu Y". A regra é simples demais: Se você está em uma festa e ela é boa, você não vai sacar o celular, tirar uma foto e escrever "festa boa demais!". Você vai escrever isso no dia seguinte, na semana seguinte, porque nesse tempo você vai estar ocupado se divertindo! Isso não é uma corrida. Vai lá, se divirta, tira suas fotos e, no dia seguinte, ou quando você finalmente parar, você coloca elas no seu querido facebook, para ganhar os seus benditos likes de cada dia.

Então, antes de sacar o seu celular no auge do momento para postar alguma coisa simples e puramente por ostentação, pense se você quer fazer parte desse grupo supérfluo de pessoas que deixam de viver o presente para ter a sua "presença digital". Vale realmente a plena não aprender alguma coisa sobre o Parlamento (tipo que tinha uma torre com um sino que, quando ele pegou fogo [invadido] o sino tocou macabramente enquanto a torre pegava fogo) ou sobre o Canadá (que ele tinha, entre suas varias regiões, um "upper Canadá" e um "lower Canadá", um francófono e outro anglófono que foram unidos forçadamente, gerando faíscas dentro do país) simplesmente para fazer um post? É isso que você quer levar do seu intercâmbio? Fotos na sua bagagem?

Que tal levar um pouco de bagagem cultural, um pouco de conhecimento? Claro, claro, guarde as suas fotos, elas serão importantes no futuro. Mas nunca, nunca se esqueça que se você puder abrir a sua mente apenas um pouco, com uma nova informação, com um novo fato, isso vai ter um valor muito mais importante no fim do que uma mera foto. Afinal, não adianta nada você ter uma foto se o lugar só te parece mais uma construção bonita, ou mais um belo jardim. Você encontrará muitos outros lugares como estes ao longo da sua vida. O importante, no fim, é o que os fizeram ser daquela maneira.

Que tal começar a carregar um tipo diferente de bagagem?

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O dia em que se planeja o futuro.


Não não, não estou falando naquela coisa de "onde eu me vejo daqui a dez anos". O post de hoje não é sobre como eu me tornarei um multimilionário magnata do petróleo, como eu terei minhas cem mil cabeças de gado ou qualquer coisa do tipo. Até porque seria mera especulação e, se eu tivesse uma fórmula mágica, com certeza contaria para ninguém.

O post de hoje é para eu fazer a típica coisa de "começar a transformar planos em realidade". Afinal, eu estou em um maldito intercâmbio. Se não fosse para viajar e aproveitar, eu ficaria no Brasil terminando a faculdade mais rápido do que eu estou fazendo aqui. Então, vamos a ideia. Ou melhor, ideias.

Eu tenho três viagens principais que eu gostaria de fazer. Metas, objetivos. Se eu conseguir fazer as três e mais coisa, bom pra mim. Se eu não conseguir, acho que uma parte do meu objetivo aqui não vai ter sido cumprido. Então como uma ideia é sempre pior que o mísero dos rascunhos, aqui vai o rascunho de cada uma delas (e provavelmente um por quê ela seria legal).

Então vamo que vamos!

Destino: New York
Duração: 2-4 Dias
Quando: Sexta a Segunda de Julho-Agosto
O que fazer lá: O que eu vi de pacote de viagem a coisa fica bem barata e visita bastante o lugar... então como o objetivo é 'turistar' e Nova Iorque tem museus e lugares legais (ou que são pelo menos legais de ir uma vez na sua vida). Sim, ir na estátua da liberdade pode ser legal, mas é uma coisa realmente de turista (logo, vou fazer, mesmo que eu tenha certeza que eu vá enfrentar uma fila, ficar 5min lá em cima e descer!). Tem museus e espetáculos para ver de noite... Enfim, aparentemente tem muito lugar pra visitar. Vide o roteiro. :D
Por que seria legal: Porque é NY!? Okay, brincadeiras de lado, acho que pode ser aproveitável pelos museus e simplesmente por ver a cidade de NY. Querendo ou não, é uma das cidades com fama de ser legal do mundo. E como vivemos em um mundo de fama e ela está aqui do lado... Porque convenhamos, se for comprar coisa, tem lugares melhores (vide o link do planejamento da viagem - existem os outlets na volta para comprar as coisinhas baratinho!).



Destino: La Maurice National Park
Duração: 5-10 Dias Absurdo, um final de semana parece sensato.
Quando: Final de Agosto Final de semana do verão.
O que fazer lá: Acampar! Um pouco de aventura antes do início do outro período. Sim. Alugar uma barraca, desligar o celular e ficar longe do computador um tempo. Relaxar, ver a natureza, conhecer a beleza do parque. "Ué, mas não vai ser frio?" => Acho que não, jovem Padawan, porque é no fim de agosto! E como Québec oferece oportunidades tão boas de exploração quanto qualquer outra parte do Canadá (onde está o seu Québecois Pride agora!?) e eu estou no estado de Québec... Então esse parque parece uma boa oportunidade pelo fator localização.
Por que seria legal: Porque seria uma aventura. Como se não bastasse conhecer um parque nacional do Canadá e a aventura de pegar um carrinho pra ir até lá, ainda existiria a oportunidade de fazer algumas atividades no parque (como canoagem, trilha e observar animais) enquanto relaxa e deixa o tempo simplesmente fluir. Me parece um modo legal de aproveitar o fim das férias, relaxar e desligar de tudo por um tempo. :)



Destino: Disney
Duração: ???
Quando: Final do Ano
O que fazer lá: Virar o ano, se esbaldar nos parques de diversão, revirar o parque e tirar uma foto com o Pato Donald. Sim, o Donald. Mickey é bobão.
Por que seria legal: É a Disney ora, um parque de diversão e blabla. E quer lugar mais divertido para virar o ano? Não precisa fazer pose como em NY, mas com certeza vai ter muita luz e fogos de artifício. E como eu já passei em Montreal...

segunda-feira, 25 de março de 2013

O dia em que se muda de opinião





Eu andei reparando algumas coisas no último tempo. Poderia contar tudo como uma pequena historinha, mas acho que vou descrever tudo o que eu tenho pensado. Assim talvez seja mais simples. É engraçado quantas vezes colocamos frases no estilo "Eu nunca [...]" em nossas cabeças. Eu andei reparando que isso é basicamente um convite para o Destino responder um "É mesmo? Interessante!" e fazer uma pequena "avacalhação" com os seus planos. Não uma avacalhação propriamente dita. Só uma brincadeira, para ensinar a nunca se limitar, para mostrar que as possibilidades estão aí e que o que tu fala pode significar muito pouco.

Um exemplo? Talvez você consiga pensar em algo que aconteceu na sua própria vida que você mesmo tenha falado que nunca faria. Ora, a parte mais difícil é admitir que você tenha soltado um "Eu nunca" e ele se realizou.

Eu mesmo posso falar que tive a minha própria experiência de "Eu nunca". Preferências mudam, o pensamento das pessoas mudam. Essa é a verdade. O problema é que podemos ferir pessoas que gostamos muito sem querer fazê-lo, porque pensávamos coisas diferentes no passado. De todo o modo, acho que o post de hoje é para falar o quanto queimamos a língua falando besteira, o quanto ferimos as pessoas dizendo uma coisa que não é mais verdade e o quanto as outras pessoas também mentem para si mesmas sobre certas coisas.

E sabe o que podemos fazer no fim para mudar isso? Acho que não muita coisa. Claro, você pode pedir desculpa. Mas qual a diferença entre uma desculpa e uma ação? Você pode mudar o seu comportamento, mas como provar que essa é a nova verdade? Tempo? E se você não tiver tanto tempo assim? O tique taque não para e alguém pode não querer esperar o tempo que pode ser esperado. Momento, dinamismo...

"Nunca" é uma palavra que eu quero abolir do meu vocabulário. Eu pensei que nunca faria intercâmbio e agora cá estou eu. Eu pensei que não conseguiria chegar numa univerisdade top no intercâmbio e... Eu pensei que não namoraria em intercâmbio e... bang, cá estou eu. As coisas acontecem na nossa vida e na maioria vezes temos controle nenhum sobre elas. No máximo temos a ilusão de ter controle. Acho que seguir o fluxo é a escolha natural... Aceitar o que for "jogado" na gente.

Sou um pouco contra apenas seguir o fluxo. Acho que podemos fazer mínimos desvios, lutar, perseverar. Acho que os pequenos desvios se acumulam e podem virar algo diferente, um rumo completamente novo. Pode ser ingênuo, pode ser bobinho... Mas eu não perderia uma oportunidade de tentar mudar o fluxo, mesmo que fosse uma ilusão, pelo o que eu acredito.

Acho que como a imagem diz, é preciso de mais coragem para mudar uma opinião do que mantê-la. Mesmo que o "NOW" possa vir um pouco atrasado por causa do "TOMOR" acho que nunca é tarde.

Enquanto isso, o destino vai rir um pouco de nós, assim como ele ri de todos. E teremos que aprender a não dizer nunca nunca mais.

sexta-feira, 8 de março de 2013

O dia em que eu fui esquiar.


O dia não havia começado muito bem. O ônibus atrasou, a fila pra pegar os esquis estava gigante (tive que esperar duas horas sentado fazendo nada) e, além disso, a aula que eu tinha pago para ter eu não teria. Logo, lá estava eu com meus esquis sem ter a mínima ideia do que fazer. PS: Estava ventando e nevando. Não a neve bonitinha, mas a neve que cai em você e gruda. PS2: Eu não tinha levado cachecol e nem tinha óculos de proteção. Mas isso não significou de modo algum que o dia seria ruim, pelo contrário.

Tudo bem que eu não tinha a mínima ideia de como esquiar, de como sequer seriam os movimentos necessários para acelerar ou frear. Mas por sorte tinha essa amiga que mostrou o basicão, falou como fazer curvas e me levou logo para a pista lá em cima (level easy, por favor) para começar a descer de uma vez. Isso mesmo, nada de pista de bebês. Whoa. Senti frio na barriga quando o teleférico não parava de subir.

(http://www.facebook.com/photo.php?v=444221742322967&set=vb.100002054350387&type=3&theater)

Não foi muito simples no começo... eu inclusive fui muito para um lado e bati na cordinha limite e afundei em um "condensado de neve fofa", mas isso foi só nos trinta primeiros segundos de esqui. Depois foi treinar freadas. Repetir, repetir, repetir. No fundo o segredo é sempre esse. Lentamente fui descendo todo o percurso.

Aqui fica uma observação: esquis pegam velocidade MUITO rápido. Chegava a ser bizarro. Uma hora parado, na outra pegando velocidade absurdamente rápido. Do tipo "cara, se eu não parar agora e pegar mais velocidade, naquela curva ali eu vou morrer!". É divertido, dá aquele friozinho na barriga! A solução para isso é bem simples: cair de bunda. Sim. Se arrastar na neve. A parte boa é que como tu tá totalmente coberto, tu recebe mesmo a pancada no impacto e não por ficar se arrastando (vulgo: você não vai 'ralar' nada). Logo, aprendendo a cair "direito", você nem se machuca.

Após a primeira descida da "montanha", eu já estava com algum jeito. Virar para um lado, para o outro, frear e etc. É bem legal quando você começa a pegar o controle das coisas, para poder aumentar a velocidade. E você sente aquela neve gelada batendo no seu rosto, enquanto o vento também batendo em seu rosto. 

Não é uma simples sensação de estar descendo uma montanha rápido. Você está muito rápido, vendo a paisagem mudando a sua volta. Seu corpo está quente e você nem percebe mais se sua mão está congelando ou não. Seus olhos estão atentos, mesmo com a neve batendo em seu rosto. A adrenalina toma conta do seu corpo. Você está animado, entusiasmado, sentindo aquela ânsia de arriscar, mas controlando tudo com precisão. Cada movimento é calculado, cada curva, cada pequena mudança de velocidade. E naquele momento você esquece qualquer problema que você podia carregar e consegue se concentrar apenas naquilo. Sua mente fica vazia, enquanto você sente o seu corpo deslizar por sobre a neve.

Talvez seja por isso que eu achei esquiar tão legal. :)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O dia que eu vou para Toronto

E agora, enquanto espero a minha próxima aula, decido fazer o primeiro post no blog pelo celular. Como eu sempre gostei do meu tecladinho, fico um pouco receoso das minhas habilidades de digitar no celular. Sou preguiçoso, porém, porque eu podia ter pego o laptop na mochila e começado a digitar. Decidi, dessa vez, tentar algo novo. Deve ser por causa da viagem.

Toronto. A University of Toronto foi minha segunda opção nessa brincadeira de intercâmbio. E agora eu vou lá ver como é a cidade. Algumas vezes me pego pensando o que seria da minha vida se pequenas coisas tivessem acontecido.

Mas esse não é o assunto de hoje.

Hoje eu vou pra Toronto. Com a mochila laranja estilo pokemon trainer. O que eu vou fazer lá? Turistar como um louco, no vulgo backpacking mode. Busão e albergue, porque dormir é pros fracos.

Engraçado que eu ainda não fiz turistagem pura em Montréal ainda, haha! Okay okay, visitar parques e a cidade velha conta, mas acho que ainda falta muito lugar. Assim como devo visitar só uma mísera parte de Toronto e vi só Old Québec também! Mas se for parar para pensar, nós sempre vemos uma pequena parte de tudo... ainda mais quando temos pouco dia psra conhecer.

O ponto é que estou animado para a viagem. Vai ser divertido ir viajar no meio dos midterms! :)

Que venha Toronto!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O dia do meu primeiro midterm


Essa imagem descreve muito bem como eu me sinto quando vou fazer uma prova que vale algum bocado % da minha nota. É guerra. Matar ou morrer. Normalmente a diferença é que na Eletrônica você é o cara que encara esse daí. Sem armadura e sem escudo, para tornar as coisas mais interessantes.

Hoje foi o dia que eu fiz o meu primeiro midterm. Probability and Random Signals. Quem já encarou o querido WL (reconheça a sábia troca de siglas) em Sistemas Lineares I e II e no começo do seu "Modelos Probabilísticos" viu como "monstro" uma criaturinha que pode ser tranquilamente controlada.

O professor seguia a regra do "bom-senso" (o que é uma qualidade um tanto quanto rara nos professores) e cobrou algo bem "receita de bolo". Adoro receita de bolo, ainda mais quando o sabor é mamata. Dar prova antiga também é um belo caminho das pedras. No fim, acho que foi o fato que eu fui pras aulas e estudei essa bagaça.

O meu ponto de postar isso aqui é pra eu me lembrar no futuro que o que podia parecer difícil e complicado é na verdade superado com treino, esforço e dedicação. Não importa o obstáculo, no fim. Treine, treine, treine e um dia você vai conseguir o resultado merecido. Isso mesmo, merecido. Não necessariamente é o que você mais queria... mas bem-vindo à vida, onde você (quase) nunca ganha o que você achava que merecia. E se você não gostar do que mereceu, continue tentando até ter o que você acha que merece.

É como um post que eu li num 9gag no dia, falando que a vida é uma máquina de biscoitos. Mas, ao invés de soltar biscoitos, ela solta meleca (para não descer o nível do blog) em você. Direto. Você só pode apertar um botão e sai meleca. Mas algumas vezes, algumas vezes, sai um biscoito! Então aproveita o biscoito e, quando sair meleca, aperta o botão mais rápido!

Apenas para finalizar: Como eu acho que fui bem e tiro um 8, eu vou é provavelmente tirar um 6. Ou quem sabe eu ganho um biscoito dessa vez!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O dia em que eu fui furtado no Canadá.

Parece até zoação. Eu moro no Rio de Janeiro, pego a Avenida Brasil e Linha Vermelha todo dia. Ia pra zona norte, passava por Madureira até Sulacap (sabe onde fica esse longínquo lugar? Nem eu sei mais!) e nunca fui roubado no Hell de Janeiro.

Aí eu chego em Montréal. Chinatown. Maldita Chinatown.

Voltando ao começo da história, porque ninguém começa uma história pelo fim. Mentira, eu começo.

Imaginem um carro grande, bonito, de estilo. Estávamos (usarei a primeira pessoa do plural porque eu estava em um grupo) voltando do rodízio de comida japonesa. China-town. Não japa-town. Talvez devêssemos ter ido comer yakisoba...

Enfim, quando chegamos do lado do carro... janela de trás quebrada. Filho da puta. Olhamos para dentro do carro e minha mochila foi dar um passeio para nunca mais voltar. Meus patins. Meu pendrive. Meu carregador do celular. Meu locker (sei nem mais o nome disso em português). Meu cartão reserva do VTM. Drogado maldito.

Quem nunca deixou a mochila no carro? Cacete, eu fazia isso milhões de vezes no Hell de Janeiro. E eu não sou de deixar minhas coisas soltas "por aí" quando estou em outro lugar, ainda mais desconhecido. Carrego de um lado pro outro. Então, no dia que eu deixei tudo lá eu sou devidamente lembrado que não deveria deixar tudo lá. Óh ironia!

Querendo ser não-pessimista, eu digo algumas coisas:
- O pendrive tinha nada de importante, a não ser documentos escaneados. Foda-se, pode ficar com minha identidade escaneada, seu puto drogado.
- A mochila eu ia trocar e jogar fora. Pena que eu não pude doar para alguém. Mas agora já comprei uma laranja gigantenorme. Cabe até a minha mãe dentro. E tu não vai sair com uma mochila laranja por aí, otário.
- O patins tavam no tamanho errado. Já comprei outros (sou riquíssimo!). Agora vou deslizar pelo gelo melhor. Obrigado, cara. =)
- Já bloqueei o cartão do VTM. Joga ele na lata de plástico, por favor.

Então, no fim, só tive que re-comprar tudo o que eu perdi. O importante é que ninguém se feriu ou se machucou.

E pensar que eu seria furtado em Montreal... hahaha!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Valentine's Day


Como o Léo está ocupado comemorando o seu Valentine's Day, ele deixa aqui uma musiquinha e uma imagem, para ela. :)



Obrigado por esse tempinho ao seu lado.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

VI - Os Amantes


Os Amantes. Número 6. Não, não estamos falando se o cupido atingiu o seu coraçãozinho com uma flecha poética e nobre. Poderíamos até falar disso, poderíamos falar sobre o quanto o amor é sublime e essas outras coisas. Mas eu não quero ficar fazendo post de "menininha", por enquanto, então vamos pra outro aspecto da carta.

Escolhas. Decisões. Caminhos.

Normalmente, é uma dualidade. Um caminho que não tem mais volta. O ponto de não retorno. Esquerda ou Direita? Cima ou Baixo? Não é tanto simples quanto parece. A vida nos joga não apenas escolhas duais, mas mil possibilidades. Quer uma legal? O que tu vai fazer no vestibular? Mil coisas, um caminho. Você pode mudar depois? Claro que pode. Mas prepare-se para as consequências.

Entretanto, não pense que você pode sempre mudar. Na realidade, você pode. Porém, as consequências aumentam a medida que você progride. Quer nadar contra a corrente? Seja mais forte que ela.

Voltando ao tópico: escolhas. Intercâmbio me obrigou a fazer escolhas. Outras, nem tanto. Após alguns fatos jogados na minha fuça, lá fui eu ter que tomar decisões. Caminhos que gerariam consequências. O que eu queria? O que eu procurava? Dúvidas, dúvidas, dúvidas. Mas as respostas acabam chegando com o tempo.

E é aquela velha história... Quando tu sabe as respostas, a vida vem e muda as perguntas. Ou talvez seja apenas drama excessivo. Voltando ao assunto...

Escolhas. Caminhos. Eu, pessoalmente, acho chato essa coisa de matar possibilidades por suas escolhas. Mas a vida é assim, acostume-se... você não pode mudar certas escolhas como quem troca de roupa...

Damn it, estou me enrolando. Vou pra historinha.

Lá estava eu procurando uma pesquisa. Summer Placement. Internship. Whatever. Preciso achar algo pro CNPq não ficar bravo comigo, essa é a verdade. Opções existiam, aos montes. Qual escolher? Se alguém me perguntar o que eu quero, a minha resposta é simples: Sei lá o que eu quero! Eu ainda estudei nada, sei nada, como posso saber o que eu quero? Mas eu tive que escolher. Pensar. Avaliar possibilidades. Mudei a pergunta: O que eu vou aprender, fazendo esse trabalho? Ficou mais fácil, simples, direto. Quero aprender, quero crescer... essa foi a minha escolha. É o que eu acho mais importante, no fim. Nesse momento, estou para mais aprender do que qualquer coisa. Especializar e focar podem ser coisas boas... mas talvez não nesse momento. Aproveito o meu momento de Tolo Aprendiz, antes de tudo.

Dilema. Essa carta mostra que, não importa a sua escolha, as consequências vão se propagar. A decisão não pode ser leviana. Não é como decidir o casaco que tu vai usar quando está zero grau (e você pode usar praticamente qualquer um). É decidir qual deles você vai usar com -30 ventando (e pelo amor de deus use um windproof ou tu vai morrer!) pelos próximos invernos sem poder efetivamente testá-lo. Soa complicado? Sempre é.

Entretanto, uma coisa eu começo a entender... você não pode demorar muito para escolher. Oportunidades somem. E talvez seja melhor uma escolha "errada" do que escolha nenhuma...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Conhecendo um pouco de cada um

Querido leitor,

Conhecimento é poder e Informação é conhecimento. Agora que eu estou em Montréal, fiquei interessado em conhecer CADA UMA das universidades que aqui existem. As irmãs da McGill, ou rivais, não importa. Cada uma deve ter a sua própria história e suas próprias características e, como eu não sou bairrista (leia: fanboy extremista da McGill [porque fanboy eu sou sim senhor e vou comprar caneca de metal da McGill pra ir pra chopada no fundão]). Até porque, eu não sou um aluno da McGill, minha passagem por aqui é temporária. Não carrego a bandeira ou o escudo, sou aluno do fundão (vulga UFRJ) e minhas cores não são escarlate e branco, mas sim o azul. Ou posso ser 4/5 azul e 1/5 escalarte e branco... mas tudo tem a sua devida proporção.

Então, vamos ao post, de fato! Sente-se, jovem e aprenda um pouco sobre cada uma! Cada uma é legal da sua própria maneira!




Nome: McGill University
Lema: Grandescunt Aucta Labore ~ By work, all things increase and grow
Fundada em: 1821
Cores: Escarlate e Branco
Nome do Time: Redmen (homens) e Martlets (mulheres)
Comentário: A minha querida McGill! "Minha" universidade por um ano! O escudo cheio de informação que eu conheço, com o triplo-twitter-vermelho, o livrinho e as duas coroas. Renome, Glória, Prestígio... Isso tudo parece ser o que a McGill representa aqui. Harvard do Canadá, né...
Curiosidade: Estabeleceu a University of British Columbia, a University of Victoria entre outros!

Coat of arms of Concordia University



Nome: Concordia University
Lema: Concordia salus ~ Well-being through harmony
Fundada em: 1974 (junção entre Loyola College (1896) e Sir George Williams University(1926) ).
Cores: Bordô, Dourado, Preto e Branco
Nome do Time: Stingers
Comentário: Concordia! A maior de todas em número de alunos. Coração de mãe. Uma estação de metrô e um bairro com o seu nome. Eu acho essa outra universidade legal. Pelo menos é a que parece ser mais animada, já tem que mil intercambistas indo para lá. Diz a lenda que suas aulas de inglês tem infinitos chineses.
Curiosidade: Concordia é a palavra em latim para "harmony," literalmente "with (one) heart."



Nome: Université de Montréal
Lema: Fide splendet et scientia ~ It shines by faith and knowledge
Fundada em: 1878 como Université Laval à Montréal
Cores: Azul real, Preto e Branco
Nome do Time: Carabins
Comentário: UdeM. Francófona. Tem mais aluno que a McGill e a Concordia, logo, é gigantenorme.
Curiosidade: A Helena (que tem um blogzito também) tá nela, haha! Na minha opinião, tem um lema meio estranho...




Université du Québec à Montréal Logo.svg
Nome: Université du Québec à Montréal
Lema: Prenez Position ~ Take your Place
Fundada em: 9 de Abril de 1969 pelo governo de Quebec, pela fusão de École des Beaux-Arts de Montréal, uma escola de artes; o Collège Sainte-Marie e um número de escolas menores.
Cores: Azul e branco
Nome do Time: Citadins
Comentário: UQÀM. Francófona. Tem mais aluno que a McGill e menos que a Concordia. Segunda maior francófona de Montréal (perde pra UdeM). Não
Curiosidade: Para constar, já passei perto do prédio enquanto eu estava perdido por Montréal. :)


Logo ETS.png
Nome: École de Technologia Supérieure
Lema: -x-
Fundada em: 1974
Cores: Preto e Bordô
Nome do Time: Piranhas
Comentário: A escola de engenharia de Montréal focada para aplicação prática e inovação. No último ano, formou 25% dos engenheiros do Québec, sendo, portando, a primeira em Québec nesse quesito e quarta no Canadá. A mais nova de todas, pelo visto.
Curiosidade: Sem curiosidades aqui. :D


Enfim, fica aí pela curiosidade. :)










Indignação

"I, who stand in the full light of the heavens, 
command thee, who opens the gates of hell. 
Come forth, divine lightning! 
This ends now! Indignation!!"

Permita-me explicar, nobre leitor, explicar, em um momento alguma-coisa-fã-de-videogame. Esses versos são utilizados por um personagem, em seu jogo, para soltar o seu poder máximo em um inimigo, praticamente dizimando-o. É basicamente um raio obliterador do céu pra "acabar com a brincadeira". Deselegância na forma máxima.

Eu tenho vontade de fazer isso com as pessoas. O problema é que é um tanto frequente, já.

Eu acho que eu tenho nojo de mediocridade... ou pelo menos daquilo que eu vejo como mediocridade. Alergia. Vergonha alheia. Não importa o nome, o que importa é que eu não consigo ficar perto de qualquer coisa que eu considero medíocre sem uma força de vontade absurda.

Aparentemente, sair em intercâmbio faz com que pessoas se tornem ainda mais medíocres. É impressionante o  tanto de absurdos que eu já ouvi e li... Ou as pessoas tem paradigmas (visão de mundo) completamente diferente do meu ou eu acho que fiquei parado lá no século XIV. 

Enfim, bola pra frente que daqui a pouco fará um mês de intercâmbio. Prometo um post mais interessante da próxima vez.

Abraço! :D